quinta-feira, 22 de janeiro de 2009

No caos eu me acho
Nele me identifico
A calmaria sem uma tempestade
Não tem graça
Mas agora me dá medo
Deve ser o tempo que me amadurece
E me põe limites
Na confusão do caos encontro a paz
Gosto de conquistar
Pra depois enjoar
Mas quero descer
Vou deixar o mundo girar
Eu vou deixar
Já que o que mais tentei
Foi pará-lo
E se eu tive algo algum dia
Isso já me foi roubado
Não sei se tenho sinais vitais agora
Mas preciso deixar girar
O caos continuar a me guiar
Sem sair dele pra me esconder
E nele mais uma vez me reencontrar.

segunda-feira, 19 de janeiro de 2009

A cada vez que penso que
Acabou
Meu passado insiste em
Bater na porta
Tento parar esse vento
Que me empurra pra ele
Mas não consigo
Vivo numa linha tênue
Entre o medo e a coragem
A dúvida e a decisão
Não sei pra que lado vou
Mas alguém ou algo
Sempre volta pra me lembrar
Me puxar de volta para
Relembrar o que eu já fui
O destino de minha alma reconhecer
É infinito dentro dessa linha
A arte de memorizar tudo que
já me passou me faz não escutar
Para de muito me poupar
Por isso este passado
Com insistência sempre vem
a me buscar.

quinta-feira, 15 de janeiro de 2009

Tudo que eu queria era
Sua sinceridade
Se isso fosse verdade
Eu não teria o direito
A questionar
Não te pedi nada
Nem esperei algo
Talvez eu mereça isso mas
Me machucou de maneira bruta
Uma cova funda que me despedaçou
Mas ainda não me enterrou
Pode ser que tenha querido demais
Não me importa mais
Só pergunto o porquê
Não disse
Você sabe muito bem que aqui
Encontraria
Mas tem medo de tentar
Vejo que não te perdi ,
mas você perdeu -se a si mesmo
Um dia eu sei que você voltar
E nao serei eu aquela denovo a
Te abrigar.
Eu nunca fui o
Que esperavam de mim
Minha transparência inúmeras vezes
Traiu-me
Eu sou a nuvem borrada no céu
Que pode ser apagada e recontada
Dentre tantas outras
Trago comigo a chuva
Que me persegue e
Não para de me molhar
Já tentei não te desapontar
E com isso por vezes me frustrar
Mas é isso que eu fui
Essa nuvem
E pela última vez não adianta
Eu me apagar, pois sempre
Haverei de uma forma ou de outra
Por aqui insistir em passar.

domingo, 11 de janeiro de 2009

Como se não importasse
Passo por cima
Se isso já não me bastasse
Quero ir pra longe daqui
Num lugar onde nada conhecerei
E ninguém me reconhecerá
E denovo começar
Nunca fui feliz aqui
Quero enterrar meus fantasmas
Como se nada tivesse sido
Em outra forma
Noutro lugar
Com minha verdade, com meu ser
Levando tudo comigo
Tudo o que sou, tudo que carrego
Sem medo de nada e ninguém
Caí , mas longe daqui quero levantar
E apagar certas sombras que
insistem em me cercar
E o tempo nublado
Clarear.

sexta-feira, 9 de janeiro de 2009

Ficarei aqui falando de nada
Divagando sobre coisas que você não
Se interessa em ouvir
Sobre o que tenho a dizer
Do que me falta
Aquilo que Sinto sobre o vago
Teorias subjetivadas de amor
Ganhando de tudo , perdendo de todos
E quanto mais falo , mais me falta
Expressando minha necessidade
Daquilo que já nem sei mais
Existe algo tão seguro assim?
Felicidade tão próxima do penhasco
Ilusão tão doce quanto laranja
Ácida no começo e doce no final
Nunca soube o que fazer
E sempre deixei
Será que eu queria
As palavras deixadas nessa nostalgia
De um tempo que nem existiu
Mas a deixei
Naquele nada de minhas teorias
Ditas tão vagas.
Me falta o ar pra respirar
Não ha vida o suficiente
Não há tempo suficiente
que me favoreça
dentre tantas pedras
Por onde vejo há
falhas , e mais falhas
Só o tempo nos ensinará algo
Mas cadê o tempo?
Penso com mais sabedoria
um passo por vez
Erramos porque faz parte errar
Esse trem que vai e vêm
e cada vez que andamos
pisamos mais errado ,
só para aprendermos algo
e termos um pouco mais de ar
para não nos afogar
e ter mais força para
podermos cair e tropeçar.
Não sei o que acontece
comigo
Uma hora mudo
outra sonho
Sinto que há algo que
espero de alguém que
não sei muito bem quem
Te sinto comigo a cada instante
falho contigo a cada vez que nos vimos
Juntos dessa forma estranha
que tanto esse nosso imaginário ama
Acho que com você que esse instante vale
Assim,
Dessa forma cúbica de ser
E que nos entender é a nossa maior preocupação
tanto que esquecemos da emoção
para sentirmos nossa razão
Sei que nada que diga será um consolo
Mas penso
no imenso céu de tesouros
e nas estrelas de sonhos que
ainda faltam pra gente conhecer.
As marcas são o que fica
Só o tempo pode dar conta
Curá-las é difícil
O futuro não existe
Tudo é futuro
O que importa é o presente
Que já não sei se vale a pena
viver
E tudo o que eu quero
um dia apenas vai chegar
Nada do que eu sinto
nesse instante vai mudar
Se um dia eu soubesse
no que tudo isso iria dar
Talvez eu pudesse escolher
os meus passos para caminhar
Já que sou tudo o que fui
Já que sou tudo o que vivi
E além do mais sou tudo o que vi
Das minhas marcas um dia eu hei
de ti gratificar
Mas por hora penso apenas
em te borrar e joga lo ao
Mar , para neste imediato nunca
mais me recuperar.